Time After Time | Quando recordar é viver

Cristina Ravela
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Falando em TVSN, resolvi abrir uma review do piloto de Time After Time, série escrita por Léo Oliveira. Ok, a série já está em sua 2ª temporada, embora tenha estreado em março deste ano, mas eu li, quero e preciso falar a respeito.


O que você faria se lembrasse de tudo que já ocorreu? Ter o passado em suas mãos tornaria sua vida mais fácil?
Ops, isso seria Raíza às avessas?
Tecnicamente sim, meu caro e minha cara Watson; Mas sem ligação com a veterana. A série é Time After Time - sem Cindy Lauper - e você estará diante de uma supermáquina.

Ben Higgins (Matt Long "gracinha") é um cara raro, não porque é fiel, ou acha bebida alcóolica um nojo, nem mesmo porque acredita que fumar seja fazer pose com veneno na boca; Ben tem uma supermemória, é incapaz de esquecer qualquer coisa que tenha acontecido, datas e pessoas continuam vivas em sua memória. Ele revive certas situações e, o que parece levar horas para ele, não passa de um piscar de olhos para você.

E isso não é criação do autor; A hipertimésia é um problema (ou não) que atinge cerca de 20 pessoas no mundo. É uma espécie de amnésia ao contrário, que faz a pessoa lembrar de tudo, com riqueza de detalhes.

Agora que você entende do riscado e já pode esperá-la para o próximo ENEM - aham - vamos entender o que aconteceu com TAT.
A série, que também lembra a série de TV Unforgettable, embora não comentada na sinopse, confunde com suas mudanças de cenário, principalmente pela falta de indicação de cenas. Dá pra se perder bonito por alí. Betty, traz meu GPS!

O piloto concentrou-se na volta de Ben, após 5 anos viajando e palestrando no mundo sobre seu estranho dom. Sim, todo mundo sabe que ele é o museu em pessoa.
Seu retorno causa transtornos que se resumem a uma festa de recepção, na qual ele se sente péssimo, confuso, afinal, eu disse que ele faz a linha "Sou tímido, porém famoso. Dá pra esquecer de mim, já que não esqueço de você?". Basicamente isso.

Como eu ja disse, o piloto ficou nessa de festa do Ben. Tudo girava em torno do umbigo do Ben. Eu diria que se não fosse por essas falhas, o roteiro ganharia nota 10, pelo elenco, pelos diálogos (amei Ben, eu quero), por algumas cenas engraçadas como a do falso sequestro do...Ben. Tudo acontecia com o Ben por perto. Sem contar que fonte branca sobre o fundo negro foi assim, como posso dizer? Um alucinante visual. Saí da página ainda vendo o texto sambar na minha frente. Trágico.

Não há como negar que o início com o Ben (olha ele de novo) narrando sua real situação, sua falta de sentimentos como saudade, foi ótima. Um personagem ryco, com inteligência, sarcasmo e muito phyno em sua abordagem a Aaron (Chord Overstreet). Um clima de romance no ar, com muita elegância.

Eu diria que humor phyno define Time After Time. Uma série cujo piloto poderia ter terminado com um gancho para o 2º episódio, mas o autor decidiu finalizar com uma descoberta do protagonista (Não repito seu nome, ok?) : A de que ele consegue sentir saudades, mesmo podendo reviver tudo quando quiser.

Não dá pra fazer um episódio com somente UM grande acontecimento; Mas é e foi possível prender a minha atenção com a destreza e, ao mesmo tempo, simplicidade do...Ben.

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