Isso, meus caros, porque Ramon Fernandes resolveu fazer uma nova versão para a novela que minha mãe mais gosta: Dancin’ Days! E isso é um desafio, Ramonzito! Não só pra você, claro, mas para todos que vão ler. E como a rede virtual anda meio prejudicada por novelas, séries, algumas coisas não tão apreciativas assim... Receou-me minha reação perante seu roteiro. Não só a minha, claro, mas creio que Gilberto Braga deve ter tido sérios pesadelos na semana de lançamento de sua versão...
Vejamos se Dancin’ Days virtual repete o sucesso do digno roteiro de Gilberto Braga, para a TV Globo. Na ocasião, pra TVN.
Fazer o que, meus caros? É o que tem.
Dancin’ Days é, em terra de falidos, boa amostra para a emissora a que está inserida. Gostaria de parabenizar Ramon Fernandes, que recebe nota 9,0, a maior já dada aqui.
Vejamos se Dancin’ Days virtual repete o sucesso do digno roteiro de Gilberto Braga, para a TV Globo. Na ocasião, pra TVN.
Fazer o que, meus caros? É o que tem.
Feito no Paint. |
Com poucas diferenças, contando com diversas características da 1ª versão, digamos que Ramon Fernandes arriscou – e muito – com seu roteiro ultra modernista (acredito eu, que a próxima escola literária). Com cenas extremamente transformadas à realidade atual, tal função foi o que mais gostei. Aliás, é o que mais gosto nos remakes.
Entretanto, o fundo falso denuncia qualquer um. Chamo de fundo falso a falta de maturidade profissional para muitos autores. Inclusive eu, muitas vezes. O “fundo falso” é quando características exageradas, extrapolações da realidade e iniciativas forçadas de enquadrar certas atitudes a um personagem ocorre. Isso aconteceu no primeiro capítulo com a personagem Amanda, que, ao mesmo tempo em que se revela uma competente, séria e modéstia, revela-se uma barraqueira, que expõe tudo na cara das pessoas e não pensa duas vezes. As falas denunciam qualquer falha da dramatização.
Um erro que me deixou meio em dúvida, logo na primeira cena, foi a falta da estrutura do roteiro para um acontecimento pouco ocorrido. Trata-se de um CORTE entre dois ambientes numa mesma locação. Observe:
Um erro que me deixou meio em dúvida, logo na primeira cena, foi a falta da estrutura do roteiro para um acontecimento pouco ocorrido. Trata-se de um CORTE entre dois ambientes numa mesma locação. Observe:
ELAS FAZEM BARULHO (EM OFF), ALGUMAS ESTÃO EMOCIONADAS E APENAS ACENAM. O PV DA PESSOA SE ENCAMINHA PARA OUTRA ÁREA, AGORA EXTERNA.
NO PÁTIO, A PESSOA AINDA NÃO REVELADA, CAMINHA ATÉ UMA MULHER, QUE LHE DÁ UM ABRAÇO E LHE SORRI.
Sempre que mudamos o local de filmagem, cria-se um novo cabeçalho. Se não, o nome do local deve vir em MAIÚSCULAS, negrito e/ou sublinhado. Como aqui: “Para outra área. (...) NO PÁTIO, a pessoa...”. Vejam como também foi desnecessário o uso da expressão “se encaminha para outra área, agora externa”, pois essa frase cria um paradoxo com a primeira frase do parágrafo seguinte.
Aproveitando o trecho destacado, acima, gostaria de relatar o quão ruim é ler um roteiro com LETRAS MAIÚSCULAS O TEMPO TODO, PORQUE PARECE QUE A PESSOA ESTÁ, EXCESSIVAMENTE, BERRANDO COM VOCÊ, JÁ QUE ESTA É UMA FUNÇÃO DE DIÁLOGOS. PRÓPRIA PARA TAIS. Não curti.
Houve alguns, mas poucos erros de Português. A maioria deles esteve associado, geralmente, à colocação pronominal.
Falando nisso, o emprego dos átonos têm tornado-se cada vez mais difícil à nova juventude. Uma pena à língua conhecedora.
Outros pontos identificados:
O roteiro é agradável. Não demora muito pra acabar e promete, aos assíduos leitores, o que deve vir por ai... E, finalmente, o que mais me deixa feliz: sugere saber que tudo pode mudar e que nada do que já foi visto vai acontecer.
Aproveitando o trecho destacado, acima, gostaria de relatar o quão ruim é ler um roteiro com LETRAS MAIÚSCULAS O TEMPO TODO, PORQUE PARECE QUE A PESSOA ESTÁ, EXCESSIVAMENTE, BERRANDO COM VOCÊ, JÁ QUE ESTA É UMA FUNÇÃO DE DIÁLOGOS. PRÓPRIA PARA TAIS. Não curti.
Houve alguns, mas poucos erros de Português. A maioria deles esteve associado, geralmente, à colocação pronominal.
Falando nisso, o emprego dos átonos têm tornado-se cada vez mais difícil à nova juventude. Uma pena à língua conhecedora.
Outros pontos identificados:
- "ELE JOGA O BILHETE NO CHÃO. DECEPCIONADO. PERDEU A APOSTA." (Narrador onisciente?)
- LÉO – #Partiu!,
- "Á SUA FRENTE, AMANDA,"
O roteiro é agradável. Não demora muito pra acabar e promete, aos assíduos leitores, o que deve vir por ai... E, finalmente, o que mais me deixa feliz: sugere saber que tudo pode mudar e que nada do que já foi visto vai acontecer.
Última nota: ainda espero que surja a boate Dancin' Days!
Dancin’ Days é, em terra de falidos, boa amostra para a emissora a que está inserida. Gostaria de parabenizar Ramon Fernandes, que recebe nota 9,0, a maior já dada aqui.
Até mais.