Escolinha do Garoto Prodígio - O último capítulo de Marcas da Vida

Unknown
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 "O conhecimento se translada, à medida que o homem absorve-o."

Bom dia aos autores e autoras do Mundo Virtual! Apresento-me como Robin, sou o mais novo integrante da Liga da injustiça, digo, Justiça do BDZ.
Como o título da postagem sugere, estamos em uma escola e o grande objetivo é ensinar. Ou seja, o conhecimento será colocado em prática, usando, é claro, roteiros virtuais.

Tendo neste momento, Martha da Vida - ops! - Marcas da Vida, do novato Weslley Vitoritti (O novo Maneco / admiro, acho justo) que o trocadilho reflete o conteúdo do encerramento da trama. Que, com o passar do lustro, recrudescera na qualidade do roteiro.
E, bom, antes de dar início a análise, tenho que admitir que só o fato do autor ter chegado ao final da trama, já merece os aplausos. Porque, neste momento, vivemos numa inconstância de obras sendo iniciadas e, ao mesmo tempo, canceladas. Em função disso, parabéns!
Bom, vamos lá!      
                                                                                                                            
Trecho do capítulo:
CENA 1. RUA. EXT. NOITE== TELA PRETA ==
Martha - (Off) Ao longo da minha vida eu nunca fui santa, mas será que agora chegou a hora de pagar pelos meus pecados?FADE IN.
O erro fora claro. O uso do recurso TELA PRETA não representa, pelo menos, pra mim, uma lógica adequada, já que, se está tudo PRETO, como sabemos onde a ação se passa?
No caso, se dispensa o cabeçalho. O modo correto seria:
TELA PRETA 
MARTHA (OFF): Ao longo da minha vida eu nunca fui santa, mas será que agora chegou a hora de pagar pelos meus pecados? 
FADE IN 
CENA 1. RUA. EXT. NOITE.
Esse problema, aliás, é visto em Infamous (Sim! Na série icônica do autor Jota Pê) e, para conferir, o episódio é o 13, cena 01.
Na cena 05, na qual se faz uma transição, enquanto Martha (superior) narra, essa nem poderia existir, já que nem precisava colocar como cena.
Martha - (Off) Ele simplesmente segue em frente.Tomadas aéreas. Movimentação rotineira, comum. Pessoas transitam pelas ruas. Imagens de vários prédios, estações ferroviárias. 
AMANHECE. 
CENA 05.
Menos uma cena! Já, na cena posterior, o uso do recurso OFF fora feito de maneira inadequada:
Médico - (Off) Com licença.
O termo correto é OFF SCREEN (O.S). Veja só:
OFF: Funciona da mesma forma que VOICE OVER (V.O), no entanto, também é usado para o pensamento da personagem;
OFF SCREEN: Quando a personagem fala, mesmo estando na cena, mas não aparece em plano.

Na cena 08, o termo ÂNGULO ABRE poderia ser suprido por um simples novo parágrafo.
CENA 8. HOSPITAL. QUARTO DE GILDO. INT. DIA 
Gildo está com a cabeça enfaixada, dorme.
GUILHERME está ao lado dele, o observa dormir.
No andamento da cena 10, percebe-se, de maneira clara, que o recurso FLASHBACK não possuíra o cabeçalho. Entende-se que, quando for uma cena nova, nesse caso, um esclarecimento de uma sequência na qual se revela como um "quem matou?" o cabeçalho deve aparecer. Caso não, se for uma lembrança de uma cena (exibida na íntegra), coloca-se Inserir Flashback do cap 1, cena 10, por exemplo.
Durante todo o capítulo, repete-se o mesmo equívoco: Usa-se, em demasia, letras em caixa alta (garrafais). Tal recurso deve-se ser utilizado para destacar algum barulho, como, por exemplo: Alguém TOCA a campainha, TIRO, BATIDAS, TAPAS, etc... Ou, na melhor das hipóteses, mudanças de ambiente. 
Para cerrar, houve algumas, sim, nada discretas, desaparições de vírgulas. (Ah, isso é rotineiro! Claro, mas nada que uma lida extra não solucione).

Do mais, a trama encerrara-se de maneira triunfal, consolidando o sucesso que fora Martha e cia. Com cenas que, me encheram os olhos, e diálogos essenciais. Já, na última cena, ao invés da tela trincar-se, como de costume, ela regenerara-se deixando o futuro das personagens em aberto, assim, como na vida, onde tudo pode acontecer.
Para estudo, recomendo o roteiro simples de "Café da tarde", exibido em 2005, no Fantástico. O link para realizar o download se segue: AQUI!

Por último, um recado: Contudo, escreva sem se preocupar, primeiramente, com o português ou roteiro, depois, leia-o. Sempre há algo que se pode melhorar. Veja se os personagens trilharam ao longo do capítulo ou episódio o que você queria, caso contrário não tenha medo de reescrever. Escrever e reescrever, para os roteiristas e, é claro, para quem ama esse hobby, é tarefa para toda vida. Escreva e escreva, é muito bom poder controlar as personagens, o ego, a raiva, o desejo, a libertação. Roteiro é vida. Em seguida, pontue tudo, aplicando normas e respeitando o PORTUGUÊS. Revise, se necessário, o roteiro pelo menos 30 vezes, e mesmo assim, sempre há algo errado, no entanto não tenha medo de escrever. Porque o talento é inerente ao ser humano.  

Até qualquer dia!




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