Review - And So Do I

Cristina Ravela
0
O piloto da nova série de Paullo Torquato, mesmo autor de Open Bar e D:N.Y que estreia a partir de Julho chegou a mim essa semana. Fiquei sabendo que era uma série diferente das anteriores do autor e com uma certa dose de loucura.

A princípio nos deparamos com Kurt, o personagem meio estranho que, mesmo na dúvida, entra num prédio procurando por uma mulher.

Você acha, de cara, que é um hotel;Carpete vermelho, sofás por todo lado. Mas quando Kurt vai para o 13º andar e diz a recepcionista que tem hora marcada, você entende se tratar de um escritório de advocacia ou algo do gênero.

Será? Os diálogos é que dizem tudo:

Kurt: Oi...Tudo bem?

A mulher continua olhando para ele fixamente.
Mulher: (freneticamente) BemBemBemBemBemBem.

Agora você entende que Kurt está numa clínica psiquiátrica...Ops! ainda não. Faltaram os enfermeiros para lá e para cá, pacientes circulando como se fossem visitantes e o carpete, lá do 1º andar, não existir ou ser de uma cor menos chamativa. Pra ser mais exata, uma clínica dessas não estaria num prédio qualquer, por que se fosse uma clínica certamente o autor detalharia o ambiente nos fazendo ter certeza de que é um ambiente médico.

Ok, Kurt preenche a ficha e vemos o que ele respondeu:“Algum Caso De Doença Mental Na Família? SIM”.

A câmera desce uma linha.“Especifique: Gwen Adams, minha ex-esposa.”

Essa tal de Gwen já havia sido apresentada nos intervalos de cenas de Kurt. Uma doida que pega o telefone de um carinha bonito no mercado. A loucura dela e de sua amiga Alice extrapolam o sensor medidor da loucura e passamos a crer que são duas tolas vivendo em Nova York. Cheguei a acreditar que Kurt não estava brincando ao escrever que Gwen tinha (tem) doença mental.
Por quê? Elas conhecem Kate, uma mulher que procura um tal de George no aeroporto onde Gwen e Alice vão buscar Jennifer. Kate é muito dada ou louca também, nunca se sabe, já que ela chegou cumprimentando Jennifer, sem conhecer a pobre, e perguntando ansiosa: você conhece George Gates?Ele devia estar me esperando.

Ora, seria alguém tão importante a ponto de qualquer um poder conhecê-lo? Do contrário, é como perguntar: Sabe onde tá minha mãe? *abafa

Daí as loucas Gwen e Alice convidam Kate, a pedido de Jennifer, que acabou de chegar da França, para ir pra casa delas. A mulher vive repetindo “Seria ótimo” ou “seria demais” e se infiltra na casa (eu não disse que ela é espiã, mas esqueci de citar que é repórter :-X) e se em turma tão rapidamente que Gwen já passa pra ela a tarefa de pagar a conta de luz e arrumar logo um emprego. Falem a verdade: Você convidaria uma estranha(o) pra sua casa? Eu não.

Enquanto elas demonstram que perderam a sanidade no mercado ou em qualquer outro lugar, Kurt está no divã, adivinha com quem? Britney Spears! Com uma minissaia branca, decote deixo-você-ver-também e chupando pirulito. Nem quero imaginar como foram as consultas anteriores, mas até que se comportou diante de Kurt. A gente espera, ao menos, que esse trabalho de psicóloga fajuta tenha deixado-a mais tranquila (será que usei o termo correto?).

Pois é, aquilo era uma clínica de terapia (intensiva?) e você se pergunta o que aquela mulher histérica que cumprimentou, ao seu modo, Kurt, fazia ali. Já passou do ponto de estar numa clínica psiquiátrica, não apenas num divã. Afinal, ela nem devia saber o que fazia ali.

Mas Britney, digo, sua personagem Jeanne nem estava se importando muito com a vida de Kurt; Perguntou se queria jogar Guitar Hero, por que isso a acalmava (humm) e tratou de despachá-lo.
"Volte sempre".

Foi o que ela disse. A doutora não esconde que deseja ver seu paciente voltar, ou seja, ter problemas para desabafar (risos).

O episódio termina com a frustração de Jeanne quando um tal de Vince garante gostar dela, mas que quer terminar tudo. Divã à vista!

Indo para a parte técnica encontrei, ou melhor, não encontrei um dos principais fatores que denominam um roteiro: A localização e a temporalidade. Mesmo que saibamos que Kurt entrou num prédio, é importante indicar isso logo antes da cena. Por exemplo: PRÉDIO [EXT./MANHÃ, TARDE OU NOITE]. Assim, bonitinho (risos). Roteiro não é só diálogos com nomes indicando-os. Às vezes a pessoa se preocupa tanto com a história que pode se esquecer da roteirização.

Ok, a história é sobre loucos e como eles transitam livremente entre nós enquanto você acredita que está são o suficiente até o fim da leitura :-x
Tags

Postar um comentário

0Comentários

Please Select Embedded Mode To show the Comment System.*

#buttons=(Aceitar !) #days=(20)

Nosso site usa cookies para melhorar sua experiência. Saiba mais
Accept !