Bom, o negócio é o seguinte: Desde que ouvi falar sobre essa série que fiquei curiosa, mas sabe né? Tanta coisa pra resolver que cheguei a pensar que ela ficaria só nos planos.

A história de Ian Canne tem jovens, bonitos e...Demônios! Sim, é assustador,não? Imagine você ter um amigo que se transforma em lobo? Ou num demônio da forma como passou pela sua cabeça? A verdade é que histórias de ficção científica estão caindo no gosto popular.
Não é mais uma história de adolescentes populares que disputam garotos como quem disputa por roupas. É uma história que envolve magia e suspense, ainda que caia, de vez em quando, no clichê.
Ah, mas deixa de conversa mole e vamos ao 1x01!
Vou tratar de ser breve, por que ultimamente ando extrapolando nos reviews :-x
A primeira impressão é a que fica, certo? Nem tanto. Vou negar que a falta de localização num roteiro não incomoda? Pode ser, mas notei que o episódio foi escrito no estilo livro/roteiro e, portanto, a exigência de alguns termos, a meu ver, não precisa.
Eis aqui algumas coisas que, se não fosse um formato em duplo sentido (lê-se livro/roteiro :D) seria fatal.
Sabe quando você fala de alguém que ninguém sabe quem é, mas acha que eles sabem? Foi o que aconteceu logo de cara. Não sei se é por que me desacostumei com o formato livro – embora dizem que a minha série também mistura (joga na cara vai :-x) – mas senti que a ordem dos fatores alterou o resultado (odeio lembrar da minha professora de matemática):
‘Melissa aparece com o vestido e se exibe para a irmã e a amiga.
Lara: Viu? Eu sei tudo sobre moda e tudo o que minha irmã precisa para arrasar!’.
Até então nem sabíamos que Lara e Melissa eram irmãs, a não ser pelo perfil que, mesmo não tendo visto, imagino que lá foi descrito quem era quem.
A falta da descrição de algumas emoções é um tapa na vista. Imagine escrever: “Fulano se depara com um alien com dentes enormes e sai correndo”. Você sabe que ele ficou com medo, por que eu ficaria, minha cara seria de apavorada e certamente eu murmuraria um “Ai G-zuiz amado!”. Ou ao menos tentaria murmurar. Viu só? Mostrando como a pessoa se comportou diante de um fato a emoção vai de zero a 100, meu bem. Olha o que tirei do episódio:
"Lara se cansa de esperar e também entra na caverna, mas a garota se perde no escuro. O colar começa a brilhar e Lara se vê em cima de um túmulo com a inscrição de vários símbolos na lápide, entre eles o do colar. Foco no teto, com a frase “Os símbolos levantarão a grande Besta” escrita com sangue. Lara sai correndo, deixando o colar ali!.
O que eu disse... Lara sai correndo...assustada? com cara de medo? Ou corre normalmente feito uma bambi feliz?
E a falta de descrição do ambiente? Nem vem, por que livro descreve mais que vítima sobre o retrato falado ainda que ninguém esteja esperando algo como: “A casa estava brilhando com Veja Multi Uso”. Mas dizer como é a casa dos personagens, os lugares onde eles estão quando são vistos pela primeira vez são importantes. Vai que numa futura temporada você queira dizer que o quarto de beltrana está mudado sendo que ninguém soube como era antes e que havia um pôster do Kiss atrás da porta? Faça de conta que todos estão ASSISTINDO sua série, mas não exagere; Não sai contando que há uma rua lá trás, bem lá no fundo, a não ser que algo ou alguém importante irá passar por lá. Isso se der pra enxergar :-x
Mas a vida de leitor não é só de reparar em técnicas; A história tem ótima pegada, atores combinando com o papel e a verdadeira sensação de estar em perigo. Fora que, sendo uma série que está há tanto tempo no mercado (embora a segunda temporada demora mais a chegar que dinheiro emprestado) e o autor não desistiu de continuar - se desistiu, teve a decência de reconsiderar – ela é uma história que não te deixa dúvidas do suspense que quer mostrar.
E os erros cometidos? Todo mundo erra e quem não erra, me perdoe, mas não é desse planeta, então tchau e benção. Mas esses erros nem são graves quando a intenção não é passar a ideia de roteiro, entretanto é preciso maneirar. Como eu já disse, descrição do ambiente e das emoções torna tudo mais fácil de compreender.
Quero dar os parabéns pro Ian, por que a história foi bem desenvolvida sem parecer que tudo ocorreu rapidamente. Adorei a cena de suspense de Adam seguindo Spencer. Me senti relembrando o filme “Pânico” o.O.
Extrapolei de novo no tamanho do review? Tá, não precisa me dizer :-x