A sinopse eu não li, desconheço, está jogada em algum lugar. Pode falar o que quiser. Visitei o site e a página da emissora no Facebook, além da página da própria novela, e nem sinal da sinopse. Como acusar um embriagado sem sinais de embriaguez? Use o bafômetro! E o nosso bafômetro se chama ROTEIRO! Não é incrível, conhecer uma história através das cenas e de sua narrativa leve e flexível? Amo. E, além de amar, substituiria o “conhecer pela sinopse” por “conhecer pelo roteiro”. Na primeira, afinal, há uma aparência perfunctória do texto e intenção do autor, uma verdadeira dicotomia.
A estória, escrita por Nando Braga, tem direção de Vinny Lopes (percebam que se o texto for uma tragédia, tem mais um pra levar a culpa). Aliás, gente, “direção”... Como assim? Vai entender.
Dou início, agora, à resenha de “Pandemônio”, com último capítulo exibido ontem, pela ADNTV.
A estória, escrita por Nando Braga, tem direção de Vinny Lopes (percebam que se o texto for uma tragédia, tem mais um pra levar a culpa). Aliás, gente, “direção”... Como assim? Vai entender.
Dou início, agora, à resenha de “Pandemônio”, com último capítulo exibido ontem, pela ADNTV.
Gostaria de começar a resenha fazendo uma prece a todos. Não é porque você tem um diretor escalado para dirigir, formalizar e trazer sua história à tona, que você não vai dizer a ele como você a quer, afinal, se não o fizesse, não existiria sentido em seu nome aparecer nos créditos como o “criador”. Enfim, gostaria de expor que Vinny Lopes teria intensa utilidade se “Pandemônio” estivesse no ar por alguma emissora do Brasil, mas não está. Então, querido, sem sua figura na produção, Nando Braga não deve achar que seus leitores são adivinhas, para prever se a casa de Alexia, na primeira cena do capítulo, encontra-se no meio da Comunidade da Rocinha ou na Zona Sul. Decida-se: conte, ao leitor, exatamente como quer que sua obra seja imaginada. Não existe a figura do diretor, porque sua pessoa é o PÚBLICO. Assim dito, falta muita descrição no roteiro e posicionamento do autor. Pra que desejar que os leitores entendam sua história se nem você, o autor, consegue passá-la, fidedigna (à imaginação), para o papel?
Outro erro, bastante presente nos roteiros, passada as descrições, é a Língua Portuguesa. Não me venha com Fernando Pessoa, em: “Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo”. Suma você e a frase. Se não aceita que Fernando Pessoa é Fernando Pessoa e, ignorada a frase, escreve impecavelmente, você é o restinho da lata de sardinha. Não existe essa de “errinhos da língua, a mais difícil”. Vale o errar e o aprender. Portanto, listo os erros de Português, encontrados no capítulo 01:
1. “Estava até agora a pouco (...)”
2. “Há essas horas deve estar nas alturas (...)”
3. “(...) estaciona carro, um fusca rosa, a frente da entrada do aeroporto (...)”
4. “Aí é o que você se engana.”
5. Falta de vírgulas em TODO o texto. Aliás, gostaria de desabafar que vírgulas são erros constantes e grotescos, generalizados no meio da escrita. Vale uma revisão.
Pelo que entendi no capítulo, Alexia é uma verdadeira bandida, que vive de golpes nos ricaços. Sua próxima vítima... não me caiu a ficha. Apenas personagens aleatórios. Uma atriz, convidada para fazer uma personagem lésbica; a irmã de Alexia; um homem chamado Augusto, que, no dia do casamento do filho, beija e fica com sua futura esposa; Alexia transando com o possível patrão, numa entrevista de emprego; Lincoln e Lara (a que vai ser lésbica na ficção), marido e mulher, transando após cinco micros falas; flashback gigante, desnecessário.
Resumindo... Não entendi as relações entre núcleo principal e adjacentes e o futuro de Alexia que, até onde sei, faz de tudo pra crescer na vida. Não apresenta a inovação e não dá o ar de “vem coisa boa por aí”. Pelo contrário, apenas resume a trama e revela o quão clichê é. Talvez, o problema seja a quantidade de cenas e páginas. Uma novela, principalmente primeiro capítulo, não se constrói com meia dúzia de cenas e três páginas do Word. É um trabalho árduo, que exige concentração e uma verdadeira “árvore genealógica” na cabeça, para interligar os personagens. Se não, não existe liga. Sem liga, a história fica dessa forma, quebrada. E não adianta, a primeira impressão é a que fica.
“Pandemônio”, além de tudo, ainda apresenta um problema tanto comum: a prolixidade. Em palavras simplórias, o “encher linguiça”. Além da existência de várias palavras para exprimir uma ideia, o capítulo ainda é recheado de um flashback, que reescreve exatamente o que deve ser lembrado.
1. “Estava até agora a pouco (...)”
2. “Há essas horas deve estar nas alturas (...)”
3. “(...) estaciona carro, um fusca rosa, a frente da entrada do aeroporto (...)”
4. “Aí é o que você se engana.”
5. Falta de vírgulas em TODO o texto. Aliás, gostaria de desabafar que vírgulas são erros constantes e grotescos, generalizados no meio da escrita. Vale uma revisão.
Pelo que entendi no capítulo, Alexia é uma verdadeira bandida, que vive de golpes nos ricaços. Sua próxima vítima... não me caiu a ficha. Apenas personagens aleatórios. Uma atriz, convidada para fazer uma personagem lésbica; a irmã de Alexia; um homem chamado Augusto, que, no dia do casamento do filho, beija e fica com sua futura esposa; Alexia transando com o possível patrão, numa entrevista de emprego; Lincoln e Lara (a que vai ser lésbica na ficção), marido e mulher, transando após cinco micros falas; flashback gigante, desnecessário.
Resumindo... Não entendi as relações entre núcleo principal e adjacentes e o futuro de Alexia que, até onde sei, faz de tudo pra crescer na vida. Não apresenta a inovação e não dá o ar de “vem coisa boa por aí”. Pelo contrário, apenas resume a trama e revela o quão clichê é. Talvez, o problema seja a quantidade de cenas e páginas. Uma novela, principalmente primeiro capítulo, não se constrói com meia dúzia de cenas e três páginas do Word. É um trabalho árduo, que exige concentração e uma verdadeira “árvore genealógica” na cabeça, para interligar os personagens. Se não, não existe liga. Sem liga, a história fica dessa forma, quebrada. E não adianta, a primeira impressão é a que fica.
“Pandemônio”, além de tudo, ainda apresenta um problema tanto comum: a prolixidade. Em palavras simplórias, o “encher linguiça”. Além da existência de várias palavras para exprimir uma ideia, o capítulo ainda é recheado de um flashback, que reescreve exatamente o que deve ser lembrado.
O autor:
[flashback 01]A regra:
Jackie – Lara, para a minha próxima novela a quero numa personagem que vai ser um grande desafio certamente na sua carreira. Desenvolvi especialmente para você mesmo não tendo certeza que iria topar. Ela se chama Laís, desencanada com o politicamente correto, é lésbica.
FLASHBACK – Lara relembra da proposta de Jackie.Além dessa embolação, ainda teve uma personagem, Alice, que, no meio do roteiro, leu um monólogo. Não me pergunte de onde veio, quem é ou qualquer coisa, pois ela, simplesmente, surgiu. Esse monólogo, porém, foi retirado do site Recanto das Letras e foi escrito pela inscrita Lígia Saavedra. Poderia ter citado, ao menos, a fonte, ou posto o link, né? Mais ético e mais fácil.
FIM DO FLASHBACK (ou similares).
Pra resumir... “Pandemônio” cria expectativa, mas elas estão muito além da realidade. A história não convence e é um amontoado de pessoas, reunidas no texto, com aparições únicas e sem ligações. Os pontos positivos na trama variam. Abertura, arte em geral e a ideia (leiam bem: ideia) da primeira cena, são muito boas. Mas ideia, até Valesca Popozuda tem. Resta saber realizar.
Dessa maneira, de 0 a 10, Pandemônio leva 5,0. Desejo melhoras, nas futuras obras do autor, e espero que os erros sejam corrigidos. Aliás, não só na trama em debate, mas na totalidade das produções virtuais.
Fiquem com um gif (que eu odeio em roteiros virtuais), presente no capítulo.
Beijam e transam.
Fico por aqui.
Até mais.