Em tempos de golpe, não se assuste se este vier de todos os lados. Assim como em tramas naturalistas - vide Aluísio Azevedo -, o meio determina o ser humano e, como numa atmosfera tóxica, transforma-o em verdadeiro golpista. De todos os lados... No mundo virtual, no asfalto, no piso granfino, nos ambientes mais imundos... Não importa, as pessoas estão corrompidas. Corrompidas, porém, por elas mesmas. Seus egos estão maiores do que tudo. O golpe que elas mesmas reproduzem, dia após dia, nelas mesmas, beira o ridículo: burlam as regras, fantasiam a moral, desacatam a arte e ultrapassam a ficção. Hoje, não duvido mais de nada.
Durante muito tempo, as pessoas divulgavam que crítica era sinônimo de rejeição, de negação. Na verdade, qualquer resenha crítica tem seus pontos positivos e negativos. Talvez por alarde maior, eu tenha falhado em algumas vezes... Nem sempre apresentei os positivos. Mas... Weslley Alcântara, se, em algum momento, ficou em sua memória uma visão negativa de minha pessoa, desfaça-a. Eu quero o bem do mundo virtual, sempre quis. E, talvez, criticar pesadamente possa ter sido meu forte durante muito tempo, embora nem sempre com cem por cento de satisfação.
Embora tudo isso, tenho orgulho e bato no peito para dizer que, em tempos de golpe, nunca cometi sedição à toa; nunca escrevi por vingança ou tracei os piores perfis das tramas. Tudo o que escrevi existiu. Não inventei nada, não denegri ninguém. Nunca humilhei ninguém, a ponto de chamar o ser humano de "lixo", porque, afinal, de todo esse barato, tenho certeza que saiu caro para mim. Acusado injustamente de mentiroso, de falso nas palavras, fui encaminhado a este momento. Ao momento em que despeço de todos vocês e agradeço a estadia.
Se a comida estava boa? Digamos que nem todas as ofertas eram válidas. Enquanto emissoras cresciam e não olhavam pros lados, apenas investindo no que mais importava - e levando, a ferro e fogo, críticas -, outras importavam-se tanto com as negativas, que armavam boicote para destruí-las... Talvez o golpe esteja no próprio brasileiro, no próprio município, no próprio bairro, na sua própria casa, no seu próprio computador. Talvez, não seja preciso ir a Brasília para erguer uma bandeira a favor de Dilma Rousseff - se isso, realmente, for necessário - , basta ligar seu computador e sorrir pras lagartas da vida. Elas estão prontas para enganar mais um, que se verá o melhor, que se fará o maioral e que se entregará a derradeira falsa-arte: aquela que dispensa a técnica, o cuidado e a importância do conteúdo e da forma.
Eu me despeço do mundo virtual para me curar de um golpe. Não precisa ir tão longe para achar os golpistas, se é que o interesse te força a mente, basta entender que, durante todo esse tempo, estive lutando a favor e com vocês. Deixo o Roteiro em 3 Posts e espero que ele possa ser útil para sempre.
Eu, realmente, não gostaria de estar escrevendo tudo isso, mas, certamente, alguém irá entender perfeitamente essa linhas. E rirá. Ria, mesmo. É sinal de que meu trabalho, durante todo esse tempo, valeu de alguma coisa: para entreter. Pois me nego a fazer algo sem sentido, sem graça, sem humor, sem coragem, sem verdade.
Muito sucesso a todos. E, acima de tudo, aceitem críticas. Negativas ou não.
Obrigado, desde sempre, a Cristina Ravela, por tudo.
Abraços e beijos.
Batman.