Havia acabado, também achei, mas eis que o mundo dá voltas e novas oportunidades chegam.
Estou voltando, amigos, e pronto para fazer o que eu mais gosto e mais sei: resenhas críticas!
A partir de semana que vem, o Batman está de volta, disposto a passar natal, ano novo e todas as nossas comemorações à base de ótimas críticas, junto de nossa amada Cristina Ravela. E, acima de tudo, eu espero que você esteja feliz com o meu retorno, pois, enfim, entendi que se comigo aqui está ruim, sem mim, então, pior ainda.
Trago o fragmento de um texto crítico, sobre crítica. Espero que gostem.
“Tampouco é casual o fato de a crítica ter quase desaparecido em nossos meios de informação, confinando-se a esses verdadeiros claustros que são as Faculdades de Humanidades e, em especial, os Departamentos de Filologia, cujos estudos são acessíveis apenas a especialistas. É verdade que os jornais e revistas mais sérios ainda publicam resenhas de livros, exposições e concertos, mas alguém lê esses paladinos solitários que tentam dar alguma ordem hierárquica a essa selva promíscua em que se transformou a oferta cultural de nossos dias? O certo é que a crítica, que na época de nossos avós e bisavós desempenhava papel fundamental no mundo da cultura por assessorar os cidadãos na difícil tarefa de julgar o que ouviam, viam e liam, hoje é uma espécie em extinção à qual ninguém faz caso, salvo quando se transforma, também ela, em diversão e espetáculo.
A literatura light, assim como o cinema light e a arte light, dá ao leitor e ao espectador a cômoda impressão de que é culto, revolucionário, moderno, de que está na vanguarda, com um mínimo esforço intelectual. Desse modo, essa cultura que se pretende avançada, de ruptura, na verdade propaga o conformismo através de suas piores manifestações: a complacência e a autossatisfação.”
“A Civilização do Espetáculo”, de Mario Vargas Llosa.
Até semana que vem.