Por que premiações do mundo virtual são alvos de desconfiança, e não é de hoje?

Cristina Ravela
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Não responder questionamentos nem indicar obras em seus respectivos gêneros ajudam bastante o povo a desconfiar das premiações. Saiba mais neste post. 

Menino de desenho animado com texto 'ta esquisito isso

Toda vez que surge uma premiação, os autores se agitam à espera da indicação, não é? No entanto, você descobre que a lista de candidatos parece feita às pressas, meio xoxa, capenga, manca, frágil e inconsistente por estarem em categorias estranhas, ou pressente que os organizadores só colocaram seu nome ali para fazer uma média.


Por mais que amamos uma indicação, por que alguém se dispõe a fazer um evento assim?

Bem, tenho acompanhado as primeiras premiações que saíram e a reação do público, então resolvi fazer um comparativo entre elas em relação às premiações já conhecidas do povo. Bora rolar a página!


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Prêmio Gêneros

Comandado por Felipa Lima, o Prêmio Gêneros é o que há de mais duvidoso da história do mundo virtual. O evento começou em 2019 trazendo Vale Dicere e Anti-Herói como aventuras. Sim, o terror de Vale Dicere e o romance policial de Anti-Herói viraram pura aventura no ponto de vista de Felipa Lima.


Dessa vez, ela jurou que Maniac 2 (comédia/ terror) é suspense e que Melhores Escolhas pode ser indicada, mesmo cancelada. E não para por aí.

A autora do blog PortalLipa fez uma seleção de 15 melhores tramas que ela criticou e aclamou. Pois bem, o problema é que nem todas as 15 produções da lista foram criticadas e teve até obra indicada ao Prêmio Gêneros que não consta na lista, como a novela Flor-de-Cera, exibida pela WebTV.

Diante das falhas, fica a dúvida se Felipa Lima leu as obras, pelo menos alguns capítulos antes de indicá-las. 

Mega Awards

Diferente do Prêmio Gêneros, a Mega Awards é mais focada, mas tão focada que mira mais nas própria emissora Megapro. Até aí tudo bem. O problema é que na edição atual concederam apenas 7 categorias para produções externas.

Era melhor ter ido assistir ao filme do Pelé, ou ao menos deixar a Mega Awards apenas para produções da casa, assim como a Cyber Awards. Do jeito que fizeram, parecem fazer média e essa é uma sensação péssima para o autor.

Mas o que as duas têm em comum e de diferente das tradicionais premiações que ocorrem há anos no mundo virtual?



Em comum, é a desconfiança de que não há imparcialidade nem cuidado com a escolha dos candidatos (embora o Troféu Imprensa trabalhe com inscrições, pois só assim a equipe analisa os possíveis candidatos).

De diferente, o Prêmio Gêneros dispara na frente por conseguir a proeza de usar o próprio ponto de vista a fim de definir os gêneros (textuais) dos participantes. Não bastasse isso, não procura saber se a obra que quer indicar está ativa ou foi finalizada, nem responde a questionamentos em seu blog.


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No caso do Mega Awards, ela tenta ser uma premiação ampla do MV, mas acho que seria melhor fazer um evento para a própria casa. Dedicar poucas categorias para obras externas, para mim, é como dizer: "para não dizer que não falei de vocês" ou que, na visão deles, há poucas obras a serem aproveitadas.


É claro que outras premiações nunca escaparam de olhares desconfiados, como o Troféu Imprensa Virtual. Seja porque uma só obra levou todos os prêmios, seja porque a obra baladeira não levou nenhum. Mas aí é aquele lance: acha que estão favorecendo um autor? Então não vote na próxima vez. 

Afinal, há coisas que podemos discutir (como as situações levantadas neste post), mas há outras que não cabe a nós, já que não podemos provar que houve favorecimento: pode ser que a obra tenha sido a mais votada mesmo, né? 


Enfim, este post não é para detonar uma em prol de outra, até porque não estou ganhando nada pra fazer isso. Mas é para refletir sobre o futuro das premiações no MV a partir da próxima década. 

Como seria bom se todo mundo que analisasse uma obra realmente tivesse lido, ainda que metade, para só então analisar e indicar, né, minha filha? Por enquanto, vamos aproveitar e votar no que tem pra hoje.

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