Quinta-feira, 16 de abril de 2009, minha amiga Jéssica e eu resolvemos de última hora fazer uma matéria sobre uma série virtual. Como é de lei dentro dos meus princípios, procuramos por anúncios vistosos em algumas redes virtuais, escolhendo qual seria a nossa Opção, é claro que de antemão eu já tinha na cabeça latejando a série “Adytum”. É que eu quis bancar o generoso, como um bambu flexível ao vento, como se a decisão estivesse nas mãos da minha amiga, enfim, história à parte e vamos ao que realmente interessa.
Depois do sucesso de Ghosts, Maurus Valentaine está de volta, só que desta vez com a série Gótica “Adytum”. Cada vez que leio uma obra deste autor, vejo que esse jovem é um eterno mutante, ele intensifica o carisma cênico duelando com forma arquitetônica dos seus profundos personagens. A estória tem como pano de fundo a cidade turbulenta de Nova York e a trama gira em torno da enigmática Lisa, personagem vivida pela belíssima vocalista Holandesa Simone Simons (foto / Entenda-se Como O Meu Número de Mulher) da Banda Epica. O piloto já começa com um desenrolar bastante interessante e muito acolhedor. Quando nos é apresentado um casal de idosos, Sarah (a maravilhosa Ellen “Mãe de Regan em O Exorcista” Burstyn), e Benjamim (Donald “Pai do Nosso Impagável Jack Bauer na vida real” Sutherland), que na verdade são tutores da pequena Lisa.
Ambos discutem sobre o destino incerto da menina, feito em diálogos rápidos como flashes fotográficos, e em vírgulas usadas como uma bala; Fica subentendido que um futuro sombrio e aterrador foi predestinado para Menina Lisa. Entra em cena o metamórfico personagem Robbie (James D’Arcy ) tirando a carta da vez, deixando o casal veterano, que por sua vez não faz feio fora da jogada. Ele brilha e quebra a banca na cena inicial. Os objetivos de Robbie são únicos, ele precisa levar Liza custe o que custar, mas não ficam claras suas reais intenções com a menina. Lisa presencia a morte do casal, e é quando a menina demonstra deter grande poder ocultos ao eliminar Robbie e seus súditos. As cenas de violências são tão gráficas e chocantes que nos passa uma impressão real, e nem tenho que dizer sobre os ritos pronunciados por Liza. Meu deu medo.
Adytum dá um salto no tempo, Lisa adulta já possui curvas e formas estonteantes, mas, a beleza ruiva é perseguida por constates pesadelos do seu trágico passado. Lisa tem uma amiga chamada Kerry (Angélica Lee), do ótimo filme chinês “The Eye”, dos irmãos Pang, que a principio no primeiro capítulo não acrescenta nada a trama. Lisa vive as voltas de Isabelle uma Feche-Chata e perseguidora (até parece um Chavão Novelesco). Quem nunca teve um levanta a mão? À medida que a estória vai se desenrolando somos apresentados ao personagem Scott, vivido pelo ator Jesse Spencer de “House”. Com poucos minutos de projeção a personagem consegue esbanjar sadismo e mostra ser um inquisidor nato ao crucificar uma mulher (E de ponta cabeça), e depois matá-la a sangue frio. Difícil não pensar no personagem Alastair da quarta temporada de Supernatural.
A série conta também com a participação especial do veterano Robert Englund. Quem não se lembra dele? É. O nosso querido Freddy Krueger de A Hora do Pesadelo, responsável por muitas noites de insônias na nossa adolescência oitentista. Robert interpreta o Padre Leonel, e nada melhor que alguém como ele com experiências em Filmes de Terror. Bob passa abatido quando entra em cena e seu personagem é pouco aproveitado no piloto. Enfim, a série é escrita de forma competente pelo brilhante Autor Maurus, com intenso realismo, mas, contando com a força dos efeitos especiais, tudo com base da realidade profética, pra que chegue mais perto possível da arte. Maurus vem fazendo um trabalho notório desde Ghosts, série que tornou o Diretor/Autor conhecido como uma Singular e diferente forma de se dirigir e de se escrever; e resultou em uma idônea credibilidade entre outros do ramo virtual.