Autor de 51 (uma boa ideia?) estreou a sua nova série TEACH ME no qual conta a estória de 4 novos professores que tentam se adaptar ao novo colégio e aprender tanto quanto os alunos a lidar com as mais diversas situações.
A voz em OFF de uma das personagens intercalando as cenas foi de bom uso, mas quero ressaltar aqui primeiro a ausência de características dos personagens quando são apresentados pela primeira vez. Como eu já havia dito em algum momento, não é por que o leitor sabe que a personagem tal é feita pela Lindsay Lohan que dispensa apresentações. Pense no texto cru – ou seja, sem os atores – e você sentirá o impacto.
Faltou tempero sazón na narrativa, bem. Você lê o básico da cena e logo vem a extensão de diálogos. Apenas no final que as coisas começaram a esquentar. Cheguei a me confundir e fiquei feliz que não fui a única:
“BIANCA: E você, Bianca? Sua família? JOAN: Meus pais moram juntos perto da minha casa, com meu irmão. E eu sou casada há cinco anos”.
??
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“Sala dos professores. Jake, Daniel e Oliver sentados. Jake e Oliver conversam animadamente. JAKE: E ela caiu do telhado... Daniel gargalha e Oliver se espanta. OLIVER: Gente, isso não é ilegal?’.
Jake e Oliver conversam animadamente...Deu pra perceber que Daniel seria o Oliver da cena...
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“Você é quem não devia almoçar com as garotas... Você é gay?”
Desculpe, mas acho que perdi o fio da meada ou o fio da meada que se perdeu de mim. Um cara conversar com garotas é condição suficiente para ele ser gay? Então eu que mais converso com garotos sou gay também? (Melhor não dá início a uma discussão :-x)
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“Oliver sai da sala e a câmera o acompanha. JAKE (Voice Over): Ele vai contar? Oliver pára de andar. OLIVER (Voice Over): Espero que não’.
Eu li o episódio todo e garanto que não era pro Oliver se manifestar nessa hora...
“Bianca e Jake dentro do carro parado. Jake organiza as coisas no carro e olha para Bianca".
Que coisas?
Como você pôde ver, o problema é a falta de atenção e palavras indefinidas. Você está ‘vendo’ Jake arrumar alguma coisa e não ‘vê’ o quê?
Pode parecer bobagem, mas odeio imaginar uma cena sem a definição da coisa. Fica uma coisa estranha, sabe? Uma coisa.
Mas como falei lá no início, a voz em OFF intercalando as cenas foi de bom uso, porque explicou a mensagem do autor sobre se adaptar a uma nova vida. Pena ele ter focado apenas no cotidiano dos professores e pouco se falou dos novos alunos.
Poderia ter falado mais do ambiente, algum detalhe, cores, enfim. Enriquecer o texto dando um toque de realidade à cena.
Parece que nessa escola o autor precisa se adaptar também. Concentre-se em diálogos mais proveitosos, porque meu bem...Passar o texto todo mostrando a opinião de veteranos para com os novatos é um chute no calcanhar com sapato de bico fino e couro duro. Odiei a Bianca (opinião de luxo), por mim ela ia pro inferno junto com o Pete de Ghosts. Falei e disse!
Ah, a supervisão é de Paullo Torquato, autor de D:NY. Não encontrei erros de português notáveis, mas aquela falta de atenção não poderia ter passado despercebido pelo supervisor. Mas trabalhando juntos, acredito que nessa escola passarão de ano.
Com cola ou sem cola.
