Entrevista | Autor de Infamous revela sua identidade

Cristina Ravela
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Olá, minha gente linda e preparada desse Brasil!

Hoje você confere uma entrevista ex-clu-si-va com o autor de Infamous, a série sensação e bapho do momento. Você que passou todos esses meses de olho na lista dos possíveis autores do projeto lá nos episódios da série, vai cair duro ou não, porque é hoje que a identidade dele é revelada. Se segure na sua cadeira velha e VamoQueVamo!


Quando o autor me procurou para o blog patrocinar o projeto secreto com toda a estratégia de marketing e coisa e tal, não pensei duas vezes; Seria a série mais polêmica de todos os tempos. Dito e Feito. Autor veterano, estilo causing a commotion, ele não mede esforços para causar e já o tinha feito em outra série causante. Quer saber quem é o autor misterioso? Desce ao som de Anitta...


Pre-pa-RA!

Pra você que achava que era o Israel Lima...Receba agora Jota Pê, my people!



BDZ:
É um prazer imenso recebê-lo em nossa humilde redação, embora você já o conheça, não é?

JP: Com certeza, é um lugar bastante familiar pra mim rsrsrs Olá meu público, tudo bem com vocês?

BDZ: O que foi mais difícil durante o tempo em que se manteve no anonimato? Os amigos dizerem na sua cara que não curtiam seu estilo de série, ou um deles ter certeza de que o autor era outro?

JP:  Foi ler alguns comentários sobre a série feitos a mim sem a pessoa ter a ideia de que eu era o autor. Confesso que foi muito divertido (risos) Ah, claro, e também o povo suspeitando loucamente do coitado do Israel Lima!

BDZ: Qual a razão de esconder de todos a sua autoria? Em algum momento da sua vida você pensou em se manter como anônimo?

JP: Na verdade o objetivo nunca foi esse. No periodo de divulgação sim, para deixar o pessoal curioso, mas depois que estreou, sei lá, eu comecei a achar a coisa divertida. Fiquei pensando em como seria ler uma trama sem nem imaginar quem era o autor. Então tive o estalo e criei a lista misteriosa. Você não tem noção de como foi DIFÍCIL fazer isso!

BDZ: Se manter no escuro ou criar a lista?

JP: As duas coisas. Me manter no escuro porque se eu desse um deslize as pessoas já podiam descobrir. E a lista né? Vai que o povo que tava lá se revoltava e ia na caça da Mortícia? LOL

BDZ: Nos fale um pouco sobre Infamous, inspirações, e por que abordar o mal sob todas as formas?

JP: Os personagens centrais de Infamous (Lawrence, Letitia, Ben....) eram personagens de uma temporada que eu estava bolando pra minha série no momento, The Circus. Mas eu achei os personagens tão interessantes que decidi dar uma série toda para eles e, consequentemente, cancelar The Circus. Isso foi foi em fevereiro desse ano. Então, nasceu Infamous. Eu nunca pretendi escrever uma série "polêmica" e tal, as coisas simplesmente foram surgindo no processo criativo, e eu realmente adoro isso. É a trama mais importante da minha carreira.

BDZ: Mas e a inspiração? É verdade que Lawrence e Letitia são as versões infames de Conrad e Victoria Graysson?

JP: Não hahaha os personagens não foram inspirados em nada, a história é bem original. Mas claro, nos rumos da trama são claramente inspirados em alguns filmes de terror como Psicose, Turistas, Laranja Mecânica... e séries, tipo American Horror Story, que eu amo de paixão.

BDZ: Eu sempre vejo Revenge em algum ponto da trama. O Ben, pra mim, é uma versão sádica e pervertida de Tyler (risos)

JP:  Não se passe (risos)Tyler não é nem um mindinho do Ben rs

BDZ: Isso é, por isso que digo que ele é uma versão diferente. Tyler era descontrolado. Pena que morreu (risos). Por que a história se passa no final da década de 60? Acha que nos tempos de hoje ninguém se surpreenderia com as atrocidades cometidas pelos personagens?

JP: Acho que fica muito mais conivente com o clima da série essa ambientação nos anos 60, num fica? As músicas, a fala, tudo se combina de uma forma. Eu acho que as atrocidades causam muito mais impacto no ano da série do que no atual. Definitivamente foi uma ótima ideia, e olha que nem era de início.

BDZ: Verdade. A série tem um clima meio dark, que nos tempos atuais daria mais trabalho, acho.

JP: E além disso, é muito mais fácil tratar de temas como pedofilia e tráfico de órgãos nessa época porque a coisa corria mais "solta", as pessoas ainda não sabiam muito bem o que era isso. Então...

BDZ: Não havia tanta tecnologia para pegar esses bandidos, através de rede social, por exemplo (risos). O que você acha do fato de séries tão bem produzidas como a sua não agradarem tanto o público como agrada Psicose? O que há nesse mundo virtual que precisa ser mudado?

JP: Obrigado pelo elogio, primeiramente. É gratificante você se dedicar um ano em uma trama e ver ela sendo elogiada por pessoas com credibilidade . O caminho não foi fácil em Infamous e a "audiência" nunca foi prioridade pra mim, pra falar a verdade. Eu gosto de escrever e é simplesmente disso que eu foco. Quem quer ler que leia, quem não quiser, muito que bem. Quanto a Psicose, bom de repente ela tenha seus méritos para ser tão comentada. Não faço ideia de que méritos sejam esses. Cada um filtra para ler o que acha bom, então palmas a todos. E o que precisar mudar é o estilo literário que em SÉRIE/NOVELA num dá né povo!? ah, e o povo tem preguiça de ler. Essa é a verdade. Psicose é mais curta que Natal, loooogo...Hello gente, eu escrevo 35 páginas por episódio, todas bem desenvolvidas.

BDZ: É muito melhor o autor escrever por gosto do que pela audiência mesmo. Porque o povo se vai, mas o prazer pela escrita sempre fica.

JP: Com certeza.

BDZ: Todos os personagens têm um caráter duvidoso; Tem o padre que ajoelha e reza com a sensual Mabel; Ben, o garoto psicopata, assassino, gay e pervertido; Letitia, a mulher do patriarca Lawrence, que tem um caso com Violet e guarda ódio do marido; E Lawrence, o médico monstro que trafica órgãos e parece que é metido com seitas satânicas, isso pra citar os principais. Qual deles é o seu preferido na hora de desenvolver as falas e ações?

JP:  Minha personagem favorita é a Jessica, eu acho que ela tem uma comicidade muito grande que quebra esse "choque" que a série dá. Mas, eu sou apaixonado por todos, escrever Lawrence é difícil por que ele é um vilão bastante sádico, mas ao mesmo tempo apaixonado, e até irônico, logo, desenvolver as cenas dele é um desafio para não cair no caricato. A mesma coisa com a Letitia, que é a personagem mais "frágil" da trama por que ela transmite uma dubiedade tão grande que não sabemos se ela realmente é uma mocinha ou uma pessoa de caráter duvidoso (quem sabe o que ela fez no episódio 2 entende).
Todos os personagens da história foram pensados e tem uma personalidade bastante difícil e marcante, por isso eu sou fascinado por eles.

BDZ: Teremos uma segunda temporada? Alguma nova polêmica seria abordada?

JP: Vai ter segunda, terceira, quantas puder LOL e sim, polêmicas vindo, mas saberemos a hora de falar delas.

BDZ: Como ninguém desconfiou que você fosse o autor de Infamous, supõe-se que a escrita está diferente de sua The Circus. O que você tem a dizer sobre isso?

JP:  Que eu mudei, assim como todo mundo muda. Por isso eu não critico o jeito do Negreiros de escrever porque eu já escrevi da mesma forma. E se eu escrevo da maneira de hoje, foi por pura prática.

BDZ: É, melhor deixar esse trabalho pros críticos...

BATE-BOLA:

Escrever: Um dom
Uma pessoa que admira: Eu
Uma obra marcante: Fetiche by Tara Moss
Deus na sua vida: guia
Momento inesquecível: O de hoje?
Ser feliz: Eu tento
Música: Seven Devils - Florence + The Machine
Série de TV: American Horror Story
Série Virtual: New Stages
Frase: "Você tem duas alternativas, Letitia. Ou você veste a sua máscara e comanda esse poleiro
comigo, ou se torna apenas um cacarejo inútil." (ADDAMS, Lawrence)
Jota Pê por Jota Pê:  Divo, único e sambista.

BDZ: Bom eu não estava esperando uma frase de Shakespeare mesmo...
Muito obrigado pela sua presença, caro JP, muito sucesso, porque humildade você já tem .
Espero que depois de Infamous venha outras polêmicas por aí.

JP: Que isso querida, nem sempre é fácil ser the best (risos). Gente leiam a série já que a palhaçada acabou, sempre é bom ler (risos).

BDZ: A saída é pelas escadas. Aproveite pra fazer exercícios pelos 5 andares do prédio. O elevador quebrou, e eu sei que você entende.

JP: Eu vou de helicóptero, tchau pobres. Fui. #partiu


Ai gente, ser phyno é pros fortes.
Ficaram chocados?
Gosto disso. Chocar.
Bye, até daqui a pouco!

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