"Eu ainda te sepulto, garota" - Pra mim, a frase célebre de Christina Monroe para sua filha Jill.
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A série Cruel Intentions era divulgada como uma novela nacional chamada Fetiche, ganhou promos minimalistas e estreou de surpresa no dia 20 de junho (ok, demorei a trazer a review, me julgue). Com um enredo que mistura sexo, suor e sangue, Jota Pê trouxe a mesma estrutura de roteiro usada em American Killer e um diferencial: A protagonista feminina também é uma vilã e a melhor de sua carreira. Confira a sinopse:
"Los Angeles, 1971. Christina Monroe (Vera Farmiga) é uma das maiores atrizes do país. Ficou conhecida por seus papéis em filmes de terror de formato slasher, que lhe deram a alcunha de "rainha do grito". Ganhadora de 2 Oscar, tem um temperamento forte e explosivo, não medindo esforços para manter sua brilhante carreira no topo. Nem que pra isso seja obrigada a forjar um romance com o galã do rock Terry Dunham (Billie Joe Armstrong).
Porém, a vida de Christina torna-se um real filme de terror quando um misterioso psicopata começa a assassinar, uma a uma, as atrizes de Hollywood, graças a um terrível segredo do passado relacionado a Sydney (Melinda Clarke), uma popular estrela que morreu em 1946. durante as filmagens de um filme, cujo qual Christina também atuava."
Foram mais de 80 páginas de roteiro para contar a história da scream queen mais famosa da década de 50, Christina Monroe.
Com muitas doses de sarcasmo, Jota Pê não economizou nos ingredientes que o tornaram conhecido, e iniciou o piloto com um cenário dramático - uma atriz sofrida afogando suas mágoas num bar - e finaliza com uma tragédia. Assim, dá-se início a perseguição do quase vilão Nicholas Faulkner a todas as atrizes que participaram das gravações do filme "Fetish", incluindo Christina.
Digo quase porque o Nicholas de Evan Peters se comporta como um bebê chorão, que deseja vingar a morte da mãe e tem fortes alucinações com a atriz pedindo vingança.
Digo quase porque o Nicholas de Evan Peters se comporta como um bebê chorão, que deseja vingar a morte da mãe e tem fortes alucinações com a atriz pedindo vingança.
Eu achei que serial killers tivessem qualquer motivação para seus crimes, menos que uma delas fosse por sentimento. Jota Pê é conhecido principalmente por seus emblemáticos vilões e Nicholas é um assassino cruel, mas ainda não chega aos pés da vil Christina, que assume esse papel de vilã ao destratar a filha Jill, seus produtores e a nova colega de trabalho, a aspirante a pornô Lolita.
Falando em Jill, vamos dar uma um minuto de silêncio para essa frase:
É o Conrad (esqueçam Infamous), 60 anos, sem viagra para encarar Jill, de apenas 22 anos.
Acredite, isso não foi nada erótico. O cara morreu! Como diria o Coringa: Não tentem fazer isso em casa, crianças idosas, please.
A cena dos dois na moto (não pense besteira) na velocidade 5 pela autoestrada, enquanto ambos, em off, falavam dessa experiência magnífica do idoso com a novinha (vou ali me afogar) ficou a cara de filme cult mesmo.
PONTOS POSITIVOS
1. Ótimo enredo, trama tendo como cenário a vida aparentemente glamourosa de Hollywood, numa década marcada pelas grandes estreias no cinema como O Poderoso Chefão, Star Wars e O Exorcista.
2. Escolha perfeita de Vera Farmiga como Christina. A atriz está também na série Bates Motel, a cereja no bolo da discórdia entre o autor e Walter Hugo (Friendzone) .
3. Narrativa e ótimos diálogos. A leitura não cansa, porque Jota Pê consegue transmitir a história com detalhes que não se tornam enfadonhos. Sabe quando o autor se esforça para que todo leitor entenda o que ele quer dizer com seu texto? Fica maçante né? Nada como ser simples.
4. Achei ótima a formatação padrão de roteiro.
5. O estilo noir marcou presença tanto na abertura quanto em todo o episódio. É possível sentir a atmosfera da série (você realmente SENTE a atmosfera quando assiste a abertura...), com layout minimalista e promos em preto e branco.
PONTOS NEGATIVOS
1. Falta de numeração de cenas. Sério, sinto falta disso. Imagine você, como autor, querer fazer uma referência a uma cena, mas não tê-la numerado? E se essa cena for aquela que ocorreu há 30 cenas? Ou no episódio anterior?
2. 86 páginas? Isso não é mais piloto em padrão americano, amigo; Isso é um filme ou episódio europeu. Como eu havia dito, não me cansei, mas surpreender o público com esse número de páginas já no piloto, ainda mais se for um público não acostumado, não é uma boa estratégia para garantir leitores fieis. AVISO: Os próximos caíram para a metade.
3.
Vamos lá, como assim "CD" em 1971? O primeiro CD foi comercializado no Japão em outubro de 1982, portanto, temos um caso de vidência e materialização de um projeto do futuro. Olho aí, Jota Pê!
4. Todo grande autor comete erros, ninguém espera um gênio em tudo, mas confesso que fiquei abismada com o "encima" que o autor insistia em usar.
*Encima - Do verbo “encimar” conjugado ou na terceira pessoa do singular do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Tem significado de “colocar em cima de”, “coroar”, “elevar”.
*Em cima - É um advérbio ou preposição e significa “na parte mais elevada”, “na parte superior”, “sobre”, e é antônimo de “embaixo”.
Outras situações encontradas ao longo dos outros episódios:
5. Nicholas Faulkner, definitivamente, não é o vilão central da trama. O psicopata é descontrolado, mas não sei como ele consegue ser frio e forjar uma personalidade que não é dele. Não duvido nada que ele seja morto pela cruela Christina. Digno.
Apesar do número de pontos positivos serem os mesmos do negativo, não se ilude, amigo; A série está um primor. No geral, já garante participação no #TIBDZ que deverá ser disputadíssima, levando-se em conta a FALL SEASON. Só é preciso ter mais atenção nos detalhes da época, porque CD, né, não dá pra encarar.
E você? Leu Cruel Intentions? O que achou?
Falando em Jill, vamos dar uma um minuto de silêncio para essa frase:
"E Conrad revira os olhos, debatendo-se como um frango depenado."
É o Conrad (esqueçam Infamous), 60 anos, sem viagra para encarar Jill, de apenas 22 anos.
Acredite, isso não foi nada erótico. O cara morreu! Como diria o Coringa: Não tentem fazer isso em casa, crianças idosas, please.
A cena dos dois na moto (não pense besteira) na velocidade 5 pela autoestrada, enquanto ambos, em off, falavam dessa experiência magnífica do idoso com a novinha (vou ali me afogar) ficou a cara de filme cult mesmo.
PONTOS POSITIVOS
1. Ótimo enredo, trama tendo como cenário a vida aparentemente glamourosa de Hollywood, numa década marcada pelas grandes estreias no cinema como O Poderoso Chefão, Star Wars e O Exorcista.
2. Escolha perfeita de Vera Farmiga como Christina. A atriz está também na série Bates Motel, a cereja no bolo da discórdia entre o autor e Walter Hugo (Friendzone) .
3. Narrativa e ótimos diálogos. A leitura não cansa, porque Jota Pê consegue transmitir a história com detalhes que não se tornam enfadonhos. Sabe quando o autor se esforça para que todo leitor entenda o que ele quer dizer com seu texto? Fica maçante né? Nada como ser simples.
4. Achei ótima a formatação padrão de roteiro.
5. O estilo noir marcou presença tanto na abertura quanto em todo o episódio. É possível sentir a atmosfera da série (você realmente SENTE a atmosfera quando assiste a abertura...), com layout minimalista e promos em preto e branco.
PONTOS NEGATIVOS
1. Falta de numeração de cenas. Sério, sinto falta disso. Imagine você, como autor, querer fazer uma referência a uma cena, mas não tê-la numerado? E se essa cena for aquela que ocorreu há 30 cenas? Ou no episódio anterior?
2. 86 páginas? Isso não é mais piloto em padrão americano, amigo; Isso é um filme ou episódio europeu. Como eu havia dito, não me cansei, mas surpreender o público com esse número de páginas já no piloto, ainda mais se for um público não acostumado, não é uma boa estratégia para garantir leitores fieis. AVISO: Os próximos caíram para a metade.
3.
CHRISTINA
Já pode se considerar um homem
morto, porque de mim você não tira
nenhum tostão. E o dinheiro da
venda dos seus discos? Ouvi que seu
último """""""""""CD"""""""""" já vendeu mais de 5
milhões de cópias em menos de dois
meses. Um fenômeno!
RICHARD(microfone) E para abrir a noite de hoje chamo ao palco a maior estrela da música atualmente. O superstar do rock, cantando seu single "Selfish Feelings", indicado a canção do ano, do seu platinado CD "Me and My Guitar". Preparem-se para Terry Dunham!
Vamos lá, como assim "CD" em 1971? O primeiro CD foi comercializado no Japão em outubro de 1982, portanto, temos um caso de vidência e materialização de um projeto do futuro. Olho aí, Jota Pê!
4. Todo grande autor comete erros, ninguém espera um gênio em tudo, mas confesso que fiquei abismada com o "encima" que o autor insistia em usar.
"Televisão ligada encima da bancada"."e joga contra a mesa, derrubando tudo que já lá encima."
*Encima - Do verbo “encimar” conjugado ou na terceira pessoa do singular do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Tem significado de “colocar em cima de”, “coroar”, “elevar”.
Ex.: O gerente foi encimado diretor do departamento financeiro.
*Em cima - É um advérbio ou preposição e significa “na parte mais elevada”, “na parte superior”, “sobre”, e é antônimo de “embaixo”.
Ex.: Esse livro estava em cima da cômoda ou embaixo?*fonte
Outras situações encontradas ao longo dos outros episódios:
"CHRISTINA Por que pode ser o último da minha vida." 1x03
"LOUISE Nova abordagem? Isso é plágio. É falta de criatividade. É o repeteco do que já foi feito a mais de dez anos." 1x02
"LOLITA Não. Por que?" 1x02
5. Nicholas Faulkner, definitivamente, não é o vilão central da trama. O psicopata é descontrolado, mas não sei como ele consegue ser frio e forjar uma personalidade que não é dele. Não duvido nada que ele seja morto pela cruela Christina. Digno.
Apesar do número de pontos positivos serem os mesmos do negativo, não se ilude, amigo; A série está um primor. No geral, já garante participação no #TIBDZ que deverá ser disputadíssima, levando-se em conta a FALL SEASON. Só é preciso ter mais atenção nos detalhes da época, porque CD, né, não dá pra encarar.
E você? Leu Cruel Intentions? O que achou?