Primeiras Impressões | Vale Dicere 2ª temporada

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É isso aí pessoal. Estou de volta com minhas pseudo-críticas, ou melhor falando minhas opiniões, ou pra ficar mais bonito: minhas Primeiras Impressões.



E dessa vez em dose dupla. Os alvos serão as séries Vale Dicere, de Melqui Rodrigues. E, Anti-Herói de Cristina Ravela. Hoje iniciaremos os trabalhos falando sobre Vale, para em seguida caminhar nas aventuras de Anti-Herói. Me desculpem se não conseguir escrever da maneira mais clara, é que tô bem enferrujado pra fazer isso, mas farei o melhor que puder.

Vale Dicere em uma corrida mortal

A série de Melqui Rodrigues estreou sua primeira temporada na WebTv em 2018. Fenômeno de repercussão na mídia, a trama falava de um mundo apocalíptico arrasado por cães mutantes e zumbis famintos, e ainda, de jovens, policiais e médicos correndo para sobreviver. 

Depois de sua estréia na WebTv, foi a vez da CyberTv transmitir a primeira temporada em 2019, e agora, a segunda parte do fenômeno apocalíptico. 

E pra começar de vez a análise, vamos focar nos acontecimentos desse segundo ano da série. Então, se você não leu a primeira temporada, eu te aconselho a fazer isso correndo, como os personagens da história estão fazendo. Corre pra conferir como Melqui chegou até aqui fazendo de Vale Dicere um fenômeno muito além do imaginado.





E o melhor personagem é...

Melqui fez votação pra saber qual era o melhor personagem da série nesse segundo ano. A maioria elegeu Jenifer, codinome: Rainha do Disfarce. Ele só esqueceu de candidatar um personagem. Talvez o mais importante para o sucesso da história. 

Como ele pode fazer isso? Não entendo. Mas, enfim Melqui esqueceu de se candidatar como Melhor Personagem. Com certeza eu votaria nele, que é o narrador e a voz que dá mais crédito para o que faz. 

É sem dúvida uma boa inspiração para nós que escrevemos. Melqui vende e compra o seu próprio peixe. Ele é o melhor personagem dessa bagaça.




O enredo

Cristhian é baleado pelo malévolo Dr. Addan e fica entre a vida e a morte, enquanto que Jenifer luta com as presidiárias mostrando de fato que é a Dona do Pedaço. 

Depois de fugirem do Centro de Estabilidade da Phoenix, o capitão Dan e sua trupe sofrem um acidente caindo de helicóptero no meio da mata. 

Na ilha da Phoenix, Fionna tenta fugir, mas Ashley consegue lhe convencer a trabalhar para o Dr. Addan, com a promessa de manter Emily à salvo. 

No outro núcleo que foca em Scott e Hillary, temos uma perseguição eletrizante protagonizada por Aragon que tenta estrupelar os heróis com sua onipotência assustadora.

Essa é a casca de Vale Dicere, mas o que eu gosto é do conteúdo. Essas são algumas das sequências que marcaram a estréia, mas o gosto da coisa, é quando vemos a alma da história.

E na minha visão, a alma da história se manifesta em um simples pesadelo. O pesadelo de Cristhian.

O coração de Melqui está aqui.




O autor traz uma cena interessante, onde Cristian está com seu irmão e seus pais dentro de um carro. Se você ainda não leu, se prepare pra alguns spoilers.

Tudo na verdade se trata de um pesadelo bem significativo, onde vemos o acidente que matou os pais de Cristhian e Dylan. 

Depois de rever a tragédia que dizimou sua família, Cristhian acorda decidido a salvar Emily, ou seja, ele não quer que Amy sinta o gosto da perda, assim como ele e Dylan sentiram. 

Do trauma surge uma motivação. Uma forte motivação pra ir atrás de uma garota acompanhado de seus amigos. Pois Cristhian poderia muito bem buscar sobreviver junto do seu irmão.

Mas não é isso que as motivações indicam, pois Melqui vai além da correria. Vale Dicere no fundo é uma série sobre

Laços


Existem laços na história. Um capitão e seu subordinado. Um filho em busca de um pai. Irmão tentando salvar irmão. E uma mãe malvada que está cagando e andando pra família. 

Os laços estão ali, ainda que corroídos eles estão ali. E esse forte senso de aliança é revelado no fim do episódio quando descobrimos que o pai de Emily está vivo e trabalhando para o homem que a sequestrou.

Existe na obra uma assinatura clara do autor. Essa necessidade urgente de demonstrar uma forte aliança entre irmãos e o antagonismo dos pais.

Com Scott, o autor abre essa brecha dentro da obra. Essa psicologia inconsciente fica visível quando Scott nao encontra seu pai, e sua mãe é uma mulher malvada.

Essa psicologia fica visível quando Cristhian e Dylan apresentam-se como órfãos, ou quando você lê alguma outra obra do autor. 

E qual o motivo de expor isso aqui. Pra mostrar que mesmo tentando fugir, nós escrevemos aquilo que somos. E isso não é um ponto negativo.

Depois de ler as histórias de Melqui, eu tive essa conclusão. O autor tem um coração de alianças. O tipo de pessoa que você pode contar.


Resumindo

Vale Dicere tem muita coisa pra melhorar, mas isso não é um problema. Quem não precisa melhorar?

Pontuando algumas coisas que podem melhorar; eu citaria a própria escrita do autor. Ele escreve como se estivesse assistindo na tela.

E isso acontece com todos nós que imaginamos a cena e cheios de adrenalina acabamos digitando rápido, mas os dedos não acompanham a cena dentro da cabeça.




Melqui entra no FLOW, ou seja: fluxo. E as ideias são mais rápidas do que ele possa escrevê-las. 

Sugiro uma revisão mais acalmada, onde você pode ler e reler as cenas, clareando com as palavras certas a emoção do momento. 

Lembrando que essa é a minha pseudo-crítica, ou seja: minha humilde opinião.

De cinco, dou nota três e meio pra história. Meus parabéns pela coragem e sucesso.

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