Últimas Impressões | Friendzone

Cristina Ravela
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Há duas semanas, a série Friendzone (Walter Hugo) chegou ao fim com três temporadas dividindo opiniões. Mas será que ela evoluiu desde que recebeu uma crítica de seu piloto? Escorreeeeeeeeeega, parceiros!
Tori,  no trono / Clique para ampliar essa belezura


Friendzone foi inspirada em Friends e trouxe Natalie Venturi (Candice Accola), Jared Pearson Bennett (Joseph Morgan), Tori Stevens (Rachel Bilson), Derek Oliveira (Wilson Bethel), Kate Campbell (Yvonne Strahovski) e Mark Stevens (Zachary Levi) como personagens principais. A trama começou derrapando no quesito roteiro e, vamos ser sinceros? No quesito dramaticidade também. Nenhum personagem havia me conquistado, até o momento em que vejo as imagens deles e penso: Tudo Friendzone.



Apesar dos fãs considerarem Tori (Rachel Bilson) a dona da série inteira, eu aponto Kate e Mark como os grandes protagonistas e donos de tudo alí. Se conheceram no hall do prédio, sem saber que já se conheciam há um tempo atrás, quando Kate salvou o projeto de ciência de Mark, ainda que ele não a tivesse reconhecido. A garota quase se casou com Nicholas (Zachary Knighton), mas este a largou no altar; Mark teve lá seus relacionamentos que nem deram certo. Vale ressaltar que o garotão era apaixonado pela Kate, mas ambos andaram em círculos até ficarem juntos de vez.

Já Derek (Wilson Bethel) era namorado de Natalie (Candice Accola), até brigarem por causa de Mark e Jared (Joseph Morgan). Como a vida dá voltas, Derek casou-se com Tori; Natalie ficou com Derek e ainda teve seu piloto aprovado pela Netflix! Quem não sonha?
Uma verdadeira friendzone.

Mas as idas e vindas, apesar de interessantes, colecionou erros, não só no que tange o roteiro, mas também, no curso da história.

MCKENNA
E você, o que está fazendo por essas terras? 
LUCCAS
Estou em French Quarter a trabalho... 
MCKENNA
É, eu sei. Todd me falou sobre vocês. Honestamente não entendo o motivo dos federais gastando recursos com a morte de uma meretriz qualquer. 
(3x06 - Noir)

Se ela sabia, pra quê perguntar?


Termos técnicos no lugar errado:

VIKTOR SAI DE CENA. LUCCAS LIGA PARA DAISY. 
DAISY (off-screen)
Cavanaugh.

Pelo o que pude perceber, o autor tentou usar um Voice Over, termo usado para chamadas telefônicas.

Nos últimos dois episódios:

MARK – Octavia, isso é incrível! Mas a premiação já é amanhã... Te chamaram muito em cima da hora e quando foi que você ganhou a Feira? Digo, só ganhadores podem julgar, correto? 
TORI – Eu queria dizer que não estou entendendo nada do assunto, obrigado ao escritor que não criou plot para mim (grita) NO FINAL DA SÉRIE. 
NOTA DO ESCRITOR: Eu não sou obrigado a nada.


Pode parecer preguiça, mas o uso da metalinguagem numa série cômica fez lá sua diferença. Durante os dois últimos episódios, o leitor viu personagens falando da própria série em que estavam, fazendo referências a episódios anteriores e questionado o autor sobre falta de plots. Observe que esse é um tipo de recurso que funciona melhor em comédia. Tá ok? COMÉDIA!

Aplausos e gritos de comemoração. A equipe vencedora vai buscar seu prêmio. Faz seu discurso. Vai embora. 
OCTAVIA – Muito bem, e agora, o projeto vencedor de informática...


Esse foi um caso de preguiça, tá amores? Escrever que o discurso ficou em off, que não podemos ouvir o que é dito e jogar um Corte Descontínuo alí não faria aumentar o texto em uma página, sério.

Outro erro gritante foi terminar um flashback apenas iniciando a próxima cena com Flashforward. Walter, por Deus! Flashforward é prévia do futuro, não uma volta para o presente. Termine um flashback, portanto, com "Fim do Flashback", apenas.

Bem, dos erros ortográficos, apenas de pontuação, sinais gráficos e crase. Uma vírgula faltando alí, um ponto e vírgula em excesso acolá, uma crase perdida...Nada tão perturbador, mas não passaram despercebidos. Alguns erros persistiram desde o piloto, mas achei esses últimos episódios mais fluidos, sem excesso de detalhes que não contribuíam em nada.


Curti o final que foi semelhante ao início da série; Lilly e Katrina se conhecendo exatamente como Mark e Kate, quando esta se tornou a nova colega de quarto de Tori. Cada um seguiu sua vida, sem deixar a amizade de fora. Ninguém morreu, ninguém sofreu horrores, até porque, a proposta da série era mostrar o cotidiano de amigos vivendo tão perto que, poderia ser trágico. Mas uma tragicidade básica, simpática, fofa.


Friendzone foi sim uma evolução na vida daquele autor que começou lá trás, com o site Eclipsista's, escrevendo obras do demônio (sim, você não acredita que ele escreveu algo do tipo). Na época, pensei: Fica no literário, é melhor, amigo. Walter havia escrito Brookhaven e a fanfic da série Haper's Island, as quais eu li e curti (e até hoje ainda odeio o autor por ter matado o Booth),



mas ele queria fazer roteiro também. Demorou a entender que roteiro não é um punhado de diálogos; É um enredo que engloba os acontecimentos de uma história, ordem das cenas, cenários, e claro, diálogos.

Friendzone deve servir como aprendizado para o autor e eu espero vê-lo surpreender geral com uma próxima série.

Tchau, queridos! Até daqui a pouco. Fiquem com outra promo, desta vez com Zachary Levi.

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