Programa do Zoh | O que você pode aprender com esse entretenimento?

Cristina Ravela
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Pedro Gaze foi afastado de programa, mas isso não exime ninguém de todo o trabalho duvidoso

Quem acompanha o MV, suas peripécias, tramas e programas sabe bem o que escolher para ler e apreciar, principalmente quem está aqui há bastante tempo (não, 2 anos não é bastante tempo, crianço). Mas será que as exigências mudaram ou o entretenimento decaiu mesmo?

No último dia 14, estreou a 2ª edição do Programa do Zoh, uma espécie de paródia a minha pessoa. A 1ª edição foi ao ar há alguns anos e gerou confusão, saindo do ar imediatamente. Pensei que o retorno pela MegaPro seria melhor, com humor inteligente, porém, não se pode esperar algo bom de uma divulgação assim:



Eu li e o que vi, não pude desver. Será que algo se salvou? É possível aprender algo com esse entretenimento?

Programa do Zoh tem quadros que se salvam, mas peca por besteiras

Assim como o Menina Curiosa, programa comandado por Pedro Gaze e pela sua suposta fake (Nina Curi) e que chegou a chamar uma emissora de lixo, o Programa do Zoh dedicou várias páginas para destratar figuras e tramas do MV em bate-papos e em mini roteiros como se fossem muito divertidos. Daqui a pouco explico melhor sobre essa questão.

Vamos destacar os pontos positivos e negativos do programa:

PONTOS POSITIVOS

Não há. Mentira. Claro que tudo tem lado bom. Menos o Menina Curiosa.





1. A crítica feita pelo Zoh à novela Anjo Bom foi boa, até porque, se é para me imitar que me imitassem direito, né, non? Só achei longa demais para capítulos muito curtos. Detalhe: a abertura da novela teve o nome do autor Everton Brito sim, ao contrário do que foi mencionado pelo Zoh.

2. Marinformei é tipo o famoso rápidas & rasteiras daqui, mas sem as gracinhas inofensivas.

3. Analisay é um quadro sobre isso mesmo que você está vendo: quadro que analisa alguma coisa. Na edição do dia 14, o quadro quis saber sobre a forma de retratar um tema nas obras virtuais. Será que as pessoas sabem fazer isso? Essa era a proposta da noite.

PONTOS NEGATIVOS

1. Não curti muito a entrevista, gente. Fui informada de que o Programa do Zoh não teria o estilo do Menina Curiosa, seria humor, algo descontraído. Acreditei no conto de fadas. Mal abrangeu minha carreira virtual e ainda cortaram perguntas e editaram minhas respostas sem me informar.




Não se faz isso em uma entrevista, ok? Você pode fazer isso em abordagens jornalísticas, onde há questionamentos breves sobre algo e que não se deseja prolongar o assunto. Já vi diversas vezes em telejornais, mas cortar respostas em uma entrevista? Vamos descobrir o que foi cortado:





Parece que falar da WebTV, Menina Curiosa e Anti-Herói é proibido. Será?

2. Voando com a Borboleta é isso mesmo que você está pensando. Ressuscitaram a Tena Andrade que, se bobear, nunca morreu. Repetem tanto o nome dela que já até virou ícone. Você quer @?



Pois bem, trata-se de mini roteiros com apelidos para as figuras do MV, mas que, pelo o que chegou a mim, não foi avisado que usariam os nomes deturpados em tais situações. Não que houvesse situação para usar nomes deturpados, enfim.

Vamos deixar claro uma coisa aqui, amiguinhos: você se auto apelidar ou apelidar amigos é uma coisa, ninguém liga. Pouco me importa se o seu nome está assim, assado, frito ou queimado no fogo da lenha da sua casa.

Dar apelidos pejorativos a alguém, associando a mosquito, a um transmissor de doença ou a qualquer outra forma só revela o lado infantil e despreparado de quem deveria passar maturidade a frente de qualquer projeto. E isso não é sobre totalmente o Programa do Zoh, mas todos os programas e feitos pelo MegaPro.

3. Debate do Zoh foi um misto do que eu preferia ter desvisto. Nada contra comentar assuntos do MV, com aquela pitada de humor, mas tinha coisa alí bem nonsense, como achar ruim o nome AWARDS usado pelo Cyber e pelo MegaPRO (who? MegaPRO teve premiação?). Se não tem sobre o que debater, melhor ir assistir ao filme do Pelé.



É possível fazer entretenimento rico no MV sem ser um programa que termina sua edição com a hashtag "pisei", vide Lady Hannah, outra cria da emissora. Pisou em quem? Pisou OOOONDE, criatura? Eis a questão. É por isso que o MV continua restrito assim, por conta de egos inflados e insultos por parte de quem não tem estrutura para lidar com críticas e, portanto, nunca sairão do faz-de-conta-que-somos-unidos, sendo que o clima é de guerra.

Temos ótimos exemplos de programas bem sucedidos, como o Boletim Virtual, Papo com o Autor, Misturama, Game Show e o cancelado, porém interessante, Diário de Bordo (cujo piloto mostrou o que é uma entrevista boa) e o Insônia - Programa de Merda (que espero que dê muito certo). Esqueci de algum? Comenta depois no grupo ou aqui.

Portanto, o entretenimento ainda não está morto, graças às pessoas sensatas que realmente amam o MV. A paz que tanto é esculachada por aí, nada mais é do que respeito às obras alheias e aos seus autores (não sou contra às alfinetadas e às brincadeiras, sou contra a necessidade em falar mal pela diversão), a compreensão de que uma crítica bem argumentada é para ajudar e de que ofensa não é opinião.

E respondendo à pergunta do título "o que você pode aprender com esse entretenimento": sim, basta reler este artigo e saber o que você não deve fazer.

Depois da terceira chance que dei ao MegaPRO, não pretendo nem continuar a leitura do Programa do Zoh, mesmo com a saída anunciada de Pedro Gaze da direção. Afinal, ele não fez nada sozinho, né, non?

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