Uma personagem bastante interessante e á tímida rejeitada Lizzy. Uma garota comum, como qualquer adolescente na sua idade que troca confidências com um Diário. Aos esboçar os seus pensamentos no papel, o Autor usa técnica off, e nos traz impar nostalgia, logo lembramos de cara do personagem de Fred Savage (O KEVIN ARNOLD DE ANOS INCRÍVEIS), mas a sua escrita e narração nesta cena preserva um Q de filme francês, lembra de mais as garotas francesas apaixonadas. A estória ganha ritmo e consegue prender o leitor mesmo, e “N” questões delatam nossas tempôras tentando imaginar os futuros incertos dos personagens.
A menina termina de escrever no diário, deita de barriga pra cima na cama, com o diário na página que escreveu aberto; a cena intercala com a cena seguinte mostrando a imagem de cabeça para baixo focando um rosto com uma fita tapando a boca, apesar de parecer surrada, vemos que é a Lizzy. Esses cortes bruscos de quebra-cabeça, e essa salada de passado, presente e futuro, lembram demais Quentin Tarantino em “Pulp Fiction” e a Série “Lost”. O autor demonstra ser um poço de referências. As cenas são rápidas e nos deixam mordendo os dedos, tipo: “O que vai acontecer?”.
Raphael sabe escolher suas localização, vamos para um bar movimentado, que reúnem todas a tribos e trupes, pensei que ia ver alguém de CARNIVALE passando por ali, conhecemos um Rapaz que tem uma conversa direta com a uma prostituta. Passado alguns segundo o rapaz se encontra acorrentado. Chegamos a ponto de se perguntar: O que será que realmente está acontecendo? Quem ou que está fazendo estes joguinhos diabólicos? Nos deixando aflitos. E Alguém sempre está vigiando. O autor adora judiar dos protagonistas. Pensando comigo: Será que essa gente toda não tem culpa no cartório?
A cena no hospício é de dar calafrios, é como se nós estivéssemos com Kevin na prova maior e irrefutável de todo o seu temor. Os diálogos são rápidos, bons e rasteiros. Raphael bombardeia a nossa mente com “N” informações. Pois, o lugar onde todos se encontram aprisionados, é revelado pelos personagens a uma menção a possuir Vida Própria, sugerindo algo extremamente sobrenatural, fazendo-se com que cries várias hipóteses através das suposições dos protagonistas. Sem contar a psicose e desconfiança que impregnam a mente deles. Quem é e que não é maluco? O autor parece um PHD em trejeitos psicóticos. Tem uma cena arrepiante de um banquete, com menção direta ao “O massacre da Serra-Elétrica”.
Enfim, o episódio acaba com um suspense no ar, com tom provocativo de mistério, e com o gostinho de “Eu quero mais”. O piloto possui uma qualidade de primeira, desde o tratamento especial e peculiar das descrições das cenas que impressionaram bastante; até a clara estória de enredo chamativo e progressivo, que nos faz arrepiar e vibrar a cada momento de reviravolta.
Por Luiz Fernando de Oliveira
Coluna “Seriando-se &Virtualizando -se”